Pequena e antiga produção minha, achada em gaveta virtual e da qual não fazia lembrança. A inspiração descarada é o Millôr.
- Feijão e arroz combinam muito bem. Mas não se misturam. Tente.
- Quando morrer continuarei por aqui mesmo. Só que um pouquinho mais pro fundo.
- O corpo é o condomínio da alma. E a vida, sua taxa de ocupação.
- Quando dois não querem, um terceiro acaba brigando por eles.
- Para o bêbado, o abstêmio está sempre do lado errado da rua.
- Dizem por aí que nossos órgãos são reflexo de nosso comportamento. Mas me diz aí: no banheiro, as necessidades do bom-caráter são mais higiênicas que as do mau-caráter? Moral da história: todo intestino é cafajeste.
- Era tão honesto que julgava furto trocar o seu dinheiro entre os próprios bolsos.
- Da mocinha para sua mãe: “Ser virgem dói?”
- Numa batida de carro, a Física sai sempre ganhando.
- Hoje, quem abana o rabo pro cachorro é o dono. O totó só acha graça.
- O cavanhaque é a peruca natural do careca. Na verdade, é a peruca que deu certo.
- Garçom é aquele cara que nunca te olha nos olhos. E raramente te escuta.
- Era tão recatada que só se dava ao marido com a luz apagada. Não sabia a coitada que, com a luz acesa, o marido não se daria a ela. Isto é o que chamo de “concurso de interesses”.
- Não há mercado em que todos ganhem. Preste atenção: isso, olhe bem para aquele extremo. Tá vendo? Sim, há alguém de cabeça baixa, aos soluços. Acredite, meu irmão: ele também é seu semelhante.
- Um humorista de respeito deve sempre falar sério.

- O bom palhaço nunca brinca em serviço.
- Pra cada doença a ser descoberta, há um médico na fila de espera.
- Bombeiro: altruísmo ou vaidade à prova de fogo?
- Baixo Leblon: o glamour dos baixos instintos.
- Extinção da raça humana? Por azar, não estarei aqui pra ver.
- Juros: no Brasil, aquilo que você começa a pagar antes de fazer a dívida.
- Do vivo para o morto (o contrário também serve): “Se você não se importa, fico por aqui.”
- Era tão feliz que dava bom dia a si mesmo.
- Da mãe desconsolada, ao ver o popularíssimo filho mais uma vez na televisão: “Eu sempre disse que (ele) ia dar nisso!”
- Então o pedreiro aponta para o prédio pronto (e acabado) e diz ao conhecido escritor: “Isso sim podemos chamar de uma obra, doutor!”
- Lição de vida: na hora agá, o que importa mesmo é o xis da questão.