Indicações de lançamentos em streaming para o primeiro trimestre de 2023 – dos quais podemos realmente esperar alguma coisa.

DOCUMENTÁRIOS E SÉRIES

The Howard Stern Interview: Bruce Springsteen (HBO Max)

Uma conversa íntima e nada superficial entre o tarimbado (e anárquico) radialista e o cantor setentão, com mais de duas horas de papo franco sobre seu percurso profissional e pessoal, salpicada de apresentações em estúdio com guitarra acústica e piano. Destaque para a gênese de algumas de suas canções mais emblemáticas, como Born to Run. Encontro cada vez mais raro entre um sujeito que sabe o que perguntar e outro que sabe como responder.

Teoria dos Jogos (HBO Max)

Conduzida pelo jornalista esportivo Bomani Jones (vencedor do Emmy), discute temas atuais que tratam de esporte e cultura (e os transcendem) com perspicácia e tom satírico. Traz algo muito além das palhaçadas de picadeiro e/ou matérias melodramáticas que observamos hoje na tv esportiva brasileira.

Your Honor (Amazon Prime & Paramount+)

Segunda temporada de uma série que trata das brechas (oh, elas existem! Não!) do sistema judiciário norte-americano, na qual um juiz questiona suas convicções ao se deparar com o caso do filho envolvido em um atropelamento seguido de fuga.

A Vida Mentirosa dos Adultos (Netflix)

Adaptação italiana para o livro da onipresente Elena Ferrante. Em Nápoles (onde mais?), adolescente desafia suas dúvidas se embaraçando com pais, tios e amigos, todos alicerçando as próprias vidas em mentiras nas quais se enroscam e diante das quais, claro, tudo virá abaixo. 

FILMES

Glass Onion (Netflix)

É do fim de dezembro do ano passado, então é bem recente e está valendo. Segunda trama envolvendo Benoit Blanc (Daniel Craig). Um detetive inglês, uma cena do crime, um bilionário excêntrico? Se este troço não der certo com esses ingredientes, um astro como protagonista e um baita orçamento (aqui é que está o perigo, convenhamos), coloquem todos os envolvidos num bote à deriva no Pacífico.

Top Gun: Maverick (Amazon Prime)

Maior bilheteria da carreira de Tom Cruise, que aguardou pacientemente o fim da pandemia global para lançá-lo nas telonas. Está tudo lá, e turbinado: moto esperta, casaco de couro emblemático, conflito geracional, inimigo desgracento e odioso, trilha sonora nostálgica, protagonista rebelde e carismático. É como esperamos e desejamos, e com gosto de alimento fresco. 

X – A marca da morte (Amazon Prime)

Grupo de jovens cineastas vai gravar pornô em fazenda no interior do Texas. Ora, mas um grupo de cineastas, mesmo jovem, não deveria saber que o interior do Texas é roubada pura pra esse tipo de coisa? Mais uma amostra do subgênero que já é um clássico norte-americano: “gente da cidade que abobalhadamente vai se meter no lugar errado, lá num cafundó caipira cheio de caipiras sanguinolentos”. Não tem como não ser divertido.

O Pálido Olho Azul (Netflix)

Trama gótica de investigação no século XIX, com um mui jovem Edgar Allan Poe. Mistério, assassinatos em série, um detetive recluso e conturbado, cores sobrenaturais, melancolia e estranhezas. Com metade desses elementos já ficamos suficientemente estimulados a assisti-la. Prepare uma (pequena) dose de absinto e relaxe.