– Middlemarch (George Eliot): calhamaço que desce gostoso, mas há de se ter atenção. Sua perspicácia psicológica é impressionante.
– Um Cântico para Leibowitz (Walter M. Miller): clássico da ficção científica distópica futurística, que discute a presença da religião num mundo descrente (opa!, peraí: futurística?!).
– Cartas de um Diabo a seu Aprendiz (C. S. Lewis): bem-humorada, implacável e convincente acusação das artimanhas demoníacas, num clássico que poderia ser lido em homilias pelo mundo.
– Ripley Subterrâneo (Patricia Highsmith): segundo da série de cinco livros dedicados a Tom Ripley. Crueldade, sofisticação e classe embaladas em literatura de primeira. Talvez ainda melhor que o primeiro volume.
– A Incrível História de Henry Sugar e Outros Contos (Roald Dahl): se esse galês não é um dos melhores escritores do século XX, não sei de mais nada. Historietas cheias de finesse sobre circunstâncias incomuns da vida.
– As Brasas (Sándor Márai): autópsia fabulosa sobre amor, ressentimentos, perdão e saudades.
– A Pedra do Reino (Ariano Suassuna): análise preguiçosa vai dizer que este “é nosso Quixote”. Eu já digo que o Quixote pode ser “A Pedra do Reino em língua espanhola”. Ariano é um gênio.
– Viagem ao Volga – Relato do enviado de um califa ao rei dos eslavos (Ahmad Ibn Fadlan): expedição no século X por terras estranhas, com gente MUITO estranha. Para ler depois de uma boa refeição.
– Conan – Livro I (Robert E. Howard): muito tempo depois dos filmes e das HQ´s, conheci a obra original. E gostei muito do que li. Conan, na sutileza do aço, apresenta sua própria selvageria a um mundo selvagem e mágico.
– Um Inimigo do Povo (Ibsen): a máquina de moer hipocrisias e interesses escusos do dramaturgo norueguês bota a casa abaixo. Cruel e impiedoso.